As Loucas Aventuras de Rabi Jacó (Les Aventures de Rabbi Jacob), comédia de Gerard Oury, 1973.C
Enredo: Victor Pivert (Louis de Funès) é chauvinista e racista. Não agüenta ver os belgas e alemães “poluindo” sua França com seus carros, acha um absurdo presenciar um casamento entre uma pessoa de cor branca e uma de cor negra – e o pior é descobrir que seu próprio chofer Salomon (Henri Guybet) é judeu. Quando eles sofrem um acidente e discutem, Salomon parte e Pivert acaba vagando e chegando numa fábrica abandonada, onde vê Slimane (Claude Giraud), um revolucionário árabe – aliás, também um fanático por ruivas – sendo torturado pelos inimigos para confessar seus planos para a tomada do poder em seu país. As circunstâncias os juntam na fuga do local e a Polícia pensa que Pivert é um criminoso. E sua esposa (Suzy Delair) pensa que ele a está traindo – justamente no dia do casamento da filha (Miou-Miou)…
Em sua fuga, Pivert e Slimane acabam tomando o lugar do Rabi Jacó (Marcel Dalio) e de seu auxiliar, que acabam de chegar de Nova Iorque, caem no bairro judeu de Paris e têm que ser ajudados por Salomon, o único que percebe a embrulhada…
Avaliação: Talvez a melhor comédia de nossas vidas. A Sarah viu duas vezes comigo e eu já tinha visto uma. Dá para ver um monte. Uma das vezes, foram 12 pessoas rindo sem parar. De Funès é ótimo, seus trejeitos são campeões e ele tem um ótimo parceiro em Giraud. Algumas cenas são antológicas: Pivert segurando o trânsito, o “rabino” Funès fazendo sinal da cruz, ajoelhando-se na sinagoga e – o auge – ele e Giraud dançando pouco à vontade (a princípio, pois, quando embalam…) com o grupo de judeus religiosos; até o pastelão da fábrica de chicletes é dez! Além de engraçado demais, arrasa os preconceitos de cor e de religião.
PS: Revi mais uma vez em 2012 e, claro, me diverti de monte, principalmente com as cenas no bairro judeu de Paris… Ah, e a trilha sonora ajuda muito no clima!
E revi em 2015. Nao canso…