Rush, No Limite da Emoção (Rush)


Rush, No Limite da Emoção (Rush), ação dramática biográfica de Ron Howard (de “Apollo 13”), 2013.

Enredo: Antes de Prost e Senna, houve outras rivalidades no automobilismo. Uma das que mais potencial explosivo teve foi a do austríaco Niki Lauda (Daniel Brühl) e do inglês James Hunt (Chris Hemsworth). Ambos vindos de famílias abastadas e ambos as desafiando para seguirem na perigosa carreira nas pistas de corrida, inicialmente na Fórmula 3, depois galgando degraus até a Fórmula 1. Eram figuras diametralmente opostas: Lauda era arrogante, convencido, de poucos amigos, irritantemente metódico. Mas tinha uma insuperável sensibilidade para perceber qualquer problema no carro, mesmo sentado no banco de passageiros (“não fui dotado de um cérebro brilhante, mas minha b…”) e conhecimento técnico profundo, que lhe planejar ele mesmo os aperfeiçoamentos de seus carros. E determinava as corridas de que participaria em função do preciso cálculo dos riscos (“risco de morte de 20% é aceitável, mas nem um por cento a mais”).
Hunt não concebia ser apenas vencedor se não pudesse usufruir dos prazeres da vida que cercavam a vitória. Adorado pelo público, ídolo das mulheres, sempre ladeado por novas conquistas, briguento e por vezes arrojado demais nas pistas, quase teve a carreira encerrada quando Lord Hesketh (Christian McKay) fez um cálculo errado e afundou sua equipe de Fórmula 1. A fama de Hunt não o ajudava a conseguir nova colocação, mas surgiu a McLaren… Enquanto isso, Lauda colecionava vitórias pela Ferrari, para qual fora levado pelo companheiro Clay Regazzoni (Pierfrancesco Favino), admirador de seus talentos. Agora estamos em 1976. Lauda, campeão da F1 em 75, disputava ponto a ponto com Hunt a nova temporada, até que surgiu o circuito de Nürburgring e a fatídica chuva.

Avaliação: “O inimigo pode ser uma benção. O sábio ganha mais dos inimigos do que o tolo dos amigos”, aprendeu Lauda. Para o inglês James Hunt, ídolo feminino que apelidou o feio rival de “rato austríaco”, a vida na Fórmula 1 ia além das vitórias e ele vivia todo dia como se fosse o último. Estilos completamente diferentes e que colidiam numa rivalidade permanente. O que rende um suspense eletrizante, mesmo que saibamos o final da história – como Ron Howard já havia conseguido no excelente Apollo 13. Destaque para as tocantes cenas finais, narradas por Lauda sob a trilha de Hans Zimmer e que valorizam um filme que já era excelente.

Sobre Roberto Blatt

Sou formado em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), tenho M.S. in Computer Systems and Information Technology pela Washington International University e MBA em Administração de Empresas pela FGV. Tenho mais de 25 anos de experiência profissional na área Administrativa Financeira, desenvolvidos em empresas nacionais e multinacionais dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e serviços, vivenciando inclusive o start-up, dentro dos aspectos administrativos e financeiros e tendo atuado na gestão de equipes das áreas Administrativa, RH e Pessoal, TI, Financeira, Comunicação e Compras. Professor no Pós-Admin da FGV em Liderança & Inovação e Gestão de Pessoas. Para acessar meu blog com comentários e críticas sobre cinema, cliquem aqui ou, para artigos sobre Administração, Tecnologia e resenhas de livros, em aqui .
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