A Vida e a História de Madam C.J. Walker (Self Made: Inspired by the Life of Madam C.J. Walker)


A Vida e a História de Madam C.J. Walker (Self Made: Inspired by the Life of Madam C.J. Walker), drama biográfico e histórico dirigida por DeMane Davis e Kasi Lemmons, 2020.

ENREDO: “Cabelo é Beleza. Cabelo é Poder”. Sarah Breedlove (Octavia Spencer, de Estrelas Além do Tempo) nasceu pouco após a libertação dos escravos nos EUA, um tempo em que os negros, se não mais escravos, estavam largados à própria sorte. Grávida aos 17 anos, viúva pouco depois e com um segundo casamento abusivo desfeito pouco mais tarde, Sarah está perdendo todos os cabelos, vítimas do estresse e dos produtos químicos usados na lavagem das roupas. É então que surge em sua vida a salvação, nas mãos de Addie Munroe (Carmen Ejogo) e seus produtos para cabelo. Entusiasmada com os resultados, Sarah pede a Addie que a deixe ser sua representante, mas ela não vê em Sarah o perfil adequado para ser sua representante. Ok, então… Agora Sarah vai tentar fabricar os seus produtos e vencer sozinha… Com a ajuda do solidário e compreensivo terceiro marido, C.J. Walker (Blair Underwood), o negócio prospera. E Sarah, agora Madam C.J. Walker, tem um produto cobiçado pelas mulheres negras e pensa cada vez mais alto: quer ter uma fábrica de grande porte e diversos salões de beleza. Mas, para arrumar investidores, a barreira da cor é seu menor problema: o machismo é ainda mais difícil de superar. Os anos passam e a filha Lelia (Tiffany Haddish) vai deixando de ser uma jovem mimada e ajuda na expansão dos negócios. Por outro lado, a condução forte e dominadora de Sarah ofusca a figura do marido. Em meio a essas mudanças, a única coisa que permanece intacta é a eterna rivalidade entre Madam e Addie.

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=PxIAdqHbloM

AVALIAÇÃO: A história de altos e baixos de Sarah Breedlove, baseada no livro da tataraneta de Madam, A’Lelia Bundles, é contada de forma leve, apesar de toda carga dramática que carrega, e os quatro episódios passam correndo. O quarteto protagonista – Octavia Spencer, Carmen Ejogo, Blair Underwood e especialmente Tiffany Haddish – está muito bem, há ótimos coadjuvantes, como Garret Morris (que faz o sogro de Madam) e Kevin Carroll (o advogado e braço direito de Madam). Vale muito a visita. UM POUCO DA HISTÓRIA: A telessérie tem algumas licenças históricas, principalmente na figura de Addie Monroe (Carmen Ejogo), baseada na figura de Annie Malone, que empregou Sarah e que foi igualmente importante para o empreendedorismo negro feminino nos EUA. Sarah fez sucesso em Pittsburgh, cidade onde prosperaram os milionários Carnegie, Morgan, Vanderbilt e Rockfeller (de quem foi vizinha) e não só foi a primeira milionária negra americana como também a primeira mulher milionária nos EUA. Criou um império baseado em fábricas, propaganda, representantes diretas, salões de beleza e escolas para as representantes. Um prodígio, em suma. ALGUNS DETALHES DA HISTÓRIA DE MADAM: https://www.youtube.com/watch?v=W8D48BNRLhM 

 

 

 

Sobre Roberto Blatt

Sou formado em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), tenho M.S. in Computer Systems and Information Technology pela Washington International University e MBA em Administração de Empresas pela FGV. Tenho mais de 25 anos de experiência profissional na área Administrativa Financeira, desenvolvidos em empresas nacionais e multinacionais dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e serviços, vivenciando inclusive o start-up, dentro dos aspectos administrativos e financeiros e tendo atuado na gestão de equipes das áreas Administrativa, RH e Pessoal, TI, Financeira, Comunicação e Compras. Professor no Pós-Admin da FGV em Liderança & Inovação e Gestão de Pessoas. Para acessar meu blog com comentários e críticas sobre cinema, cliquem aqui ou, para artigos sobre Administração, Tecnologia e resenhas de livros, em aqui .
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